Nesta sexta-feira (27), o canal fechado FOX Premium (agora da Disney) promove a estreia da quarta temporada da série “Um Contra Todos” (de Breno Silveira, Gustavo Lipsztein e Thomas Stavros), que conta com direção geral de Breno Silveira e Daniel Lieff, da produtora Conspiração Filmes. Na história, Roberto Birindelli interpreta Pepe.
Na última temporada exibida até então, Pepe se viu obrigado a confiar em Cadu (Júlio Andrade) – que se aproximou para desmantelar sua organização criminosa – por ele ter salvo sua vida, assim como a de sua filha, Pepita (Júlia Konrad). Mas, será que dá pra levar a sério toda essa confiança?
“A cada temporada, as complicações de Cadu vão aumentando. Sempre tendo Pepe como o master mind. Pepe, de certa maneira, sempre mexe os pauzinhos e está no controle da situação, mesmo nos piores momentos. Na terceira temporada, vimos a origem do Pepe e como, de um médico idealista que atendia populações carentes, se transformou. Pepe sempre manifestou o desejo que Cadu fosse seu braço direito e vai protegê-lo como um filho. A quarta temporada vai trazer mais dificuldades com a entrada de novos players e operações internacionais. Vem muita ação por ai”, explica Roberto Birindelli.
Há alguns dias atrás, o ator também estava na Inglaterra e em Portugal por causa do filme de longa-metragem “Loop” (de Bruno Bini), com o intuito de representar o projeto de cinema nos quatro prêmios recebidos no MANIFF – Manchester Film Festival e no FANTASPORTO – Festival Internacional de Cinema do Porto.
“Estive nos festivais de Porto e Manchester, onde ganhamos vários prêmios, inclusive o de Melhor Filme. Foram muitos contatos legais e a recepção foi incrível. O plano era retornar à Lisboa e vir pro Brasil só dia 27. Mas, as condições na Europa pioraram muito rápido e encurtamos a viagem. Foi um sufoco sair. O tumulto no aeroporto de Londres já dava pra entender o caos. Vim direto para a quarentena em casa. Isolamento e pensar na vida”, conta ele sobre sua boa experiência no exterior, que foi interrompida por causa da notícia da pandemia do coronavírus.
Como consequência da quarentena em vários países do mundo, alguns projetos dele acabaram sendo adiados. “Vai ter uma coprodução Espanha – Reino Unido a ser rodada no Caribe, recebi hoje o roteiro, um personagem bem diferente de tudo que fiz até hoje. Ainda não dá pra contar mais do que isso”, adianta ele, sem poder falar muito por questões contratuais.
Sem causar conflito com esse projeto secreto de coprodução internacional, vem aí ainda a novela “Nos Tempos do Imperador” (de Thereza Falcão e Alessandro Marson), que foi adiada por tempo indeterminado na programação da Rede Globo, sendo substituída pela reprise da novela “Novo Mundo” (de Thereza Falcão e Alessandro Marson).
“Entendo que a Globo tomou uma decisão dificílima e acertada. Não se poderia colocar em risco os milhares de trabalhadores da emissora. Colocaram saúde acima da ganância, boa! A novela já tem bastante material gravado, cenários, roupas, contratos, etc e o lançamento deve ser feito quando a situação normalize de alguma maneira. Isso vai alongar por alguns meses o projeto. Tenho um longa nesse período, mas que provavelmente vai ser adiado também. Quanto a Solano Lopes e a Guerra da Tríplice Aliança, vale pesquisar na internet, livros, relatos e gravuras de época. Deve ter sido uma das maiores atrocidades da história das Américas, e com certeza o maior genocídio praticado por estas bandas”, reflete ele.
E para finalizar, o ator revela se há algum perfil de personagem que ele gostaria de interpretar quando a crise passar:
“Já fiz muita coisa diferente, muitas profissões, mas tem algo que nunca passei nem perto. Um super herói, mas sem poderes, algo como um Chapolin, mas adulto, sombrio, sério, metafórico. Um super herói sem o poder de antes, que tem que pagar suas contas, que tem seus dramas humanos”, encerra.