Do seu quartinho em Los Angeles para o mundo e, depois, para reinar na maior premiação da música. Dona do álbum mais ouvido em 2019 segundo o Spotify, a jovem Billie Eilish, de apenas 18 anos, fez valer todo o barulho em torno de seu nome ao sair do primeiro Grammy de sua curta vida com os quatro prêmios mais importantes da noite: álbum, canção, gravação e revelação do ano.
Durante a 62ª edição do Grammy, ela ainda esteve envolvida em outros três prêmios técnicos, envolvendo o disco “When we all fall asleep, where do we go?”, totalizando srte troféus. São eles: o de melhor álbum pop vocal, o de melhor engenharia não clássica de álbum (em que os engenheiros de gravação de seu disco foram premiados) e o de produtor do ano, dado para seu irmão, Finneas O’Connell, pelo trabalho no seu álbum.
Billie fez questão de levar Finneas, de 22 anos, para receber com ela praticamente todos os gramofones dourados da noite. Sozinhos, em casa, eles escreveram, gravaram e produziram todas as 14 faixas do disco — incluindo, claro, o hit “Bad guy”, eleito canção e gravação do ano.
No disco, que fala sobre assuntos pesados, como saúde mental e dependência de remédios, e outros nem tanto, como relacionamentos juvenis, eles fazem uma precisa aproximação entre elementos da música pop radiofônica e o underground, passando por canções dançantes repletas de recursos eletrônicos e baladas.
Os irmãos simularam uma espécie de quartinho de casa na apresentação intimista, voz e piano, de “When the party’s over”, na estreia de ambos no palco do Grammy. Entre agradecimentos a familiares e amigos, Billie e Finneas evitaram discursos memoráveis. A cantora chegou a dizer que o prêmio de álbum do ano deveria ir para “Thank u, next”, de Ariana Grande, o produtor disse que eles não fizeram um álbum pensando que ganhariam qualquer coisa. No último, o de gravação do ano, quando voltaram às pressas do backstage para receber o troféu, se limitaram a dizer um “obrigado” curto e direto.