Nos próximos capítulos da “Bom Sucesso” (de Rosane Svartman e Paulo Halm), exibida pela Rede Globo, Nana (Fabíula Nascimento) descobre que Diogo (Armando Babaioff) a trai com Jeniffer (Nathalia Altenbernd) por causa de Eugênia (Helena Fernandes) e Vera (Angela Vieira), que o obrigam a contar sobre sua pulada de cerca.
Após escorraçar Diogo da Editora Prado Monteiro, Nana é consolada por Mario (Lúcio Mauro Filho). “É que eu achei uma edição antiga de João e Maria, pensei que a gente podia reeditar pros clássicos. A versão original, claro, dos Irmãos Grimm, que não é exatamente infantil…”, disfarça Mario. “É cruel! Mesmo assim meu pai me deu pra ler quando eu era criança. Ele tinha mania de educar a gente pelos livros. Eu lembro que eu morri de medo”, responde Nana.
“Também fiquei sem dormir”, conta Mario. “Devia ter entendido ali que a vida não é um conto de fadas. Vai ver que foi por isso que meu pai me deu pra ler”, constata Nana. “Mas eu também lembro adorei a casinha de pão-de-ló e coberta de torta, com janelinhas de açúcar cândi. A gente até fez um piquenique fingindo que tava comendo a casa da bruxa”, revela Mario.
“Deixa aí, depois eu vejo isso”, diz Nana, sem cabeça para continuar o papo. “Talvez a lição que seu pai queria te ensinar, é que mesmo criança você já era forte pra vencer qualquer coisa. Qualquer maldade. Da bruxa, do lobo mau ou de qualquer canalha que tentar te machucar”, consola Mario. “Eu não sou forte, Mario, pelo contrário. Eu só pareço forte…”, desaba Nana. “Quando a dor encobre seu corpo/ Com a mortalha densa do pessimismo/ É tempo de encontrar o que emperra seu destino/ E desvendar o que o medo impede de brotar/ Lágrimas vão se esvair na neblina/ E o sol há de nascer pra brilhar”, recita Mario.
“Eu não sou”, garante Nana. “Não fala isso”, diz Mario. “Por que eu tenho sempre que fingir que eu não tô sofrendo, que meu pai não vai morrer, que meu casamento não tá acabando, que a minha filha não se ressente de eu ser péssima mãe?”, desabafa Nana. “A Sofia te ama incondicionalmente. E ela não é a única”, lembra Mario. “Eu sei. Desculpa. Foi bom desabafar com você. Eu não tenho muitos amigos, sabe?”, admite Nana. “Você tem a mim, sempre que precisar”, conforta Mario. Depois disso, Mario abraça Nana. “Obrigada”, agradece Nana para Mario.