Apesar de existirem especulações de igrejas e registros de genealogistas a respeito da família, da origem, da personalidade e da profissão da sua personagem, Maria Madalena, na novela “Jesus” (de Paula Richard), a atriz paranaense Day Mesquita (32) explica ao site Noticiasdetv.com que a Record TV segue a versão evangélica.
— Maria Madalena será uma judia casada com um romano, que retorna à Jerusalém, após ficar viúva. Será uma mulher forte, inteligente e destemida, que anseia por conquistar sua liberdade. Será atormentada por sete demônios, e, em cima disso, muitas coisas vão acontecer, até ela encontrar Jesus, que a livra dos demônios que a perseguem. A partir daí passa a seguí-lo, tornando-se discípula, quando testemunhará os sofrimentos, o julgamento, a condenação, a morte na cruz e a ressurreição dele.
Como foi o processo de construção da Maria Madalena?
— Assisti aos filmes e li livros (“Maria Madalena – Michael Haag” e “Maria Madalena – Lilia Sebatiani”) para entender, descobrir e me aprofundar mais no universo, na época e na história dos personagens. Agora meu foco é no texto, nas características e nuances que a personagem vem mostrando a cada cena, em entender e viver a personagem dentro de mim.
Tirando a linguagem, há alguma diferença na rotina de uma novela bíblica e de uma novela contemporânea?
— É preciso estar atento às coisas mais minuciosas para que nenhum detalhe contemporâneo passe desapercebido. Maquiagem, figurino, objetos de cena, tudo era muito diferente do que vivemos hoje, o tempo era mais esgarçado e isso muda tudo porque temos que sair do que fazemos normalmente, como hábito, todos os dias. O olhar precisa ser bastante aguçado em cada detalhe.
Você é atriz e bailarina. Como surgiu seu interesse pelo meio artístico? O que sua família achou disso?
— Comecei a fazer ballet aos 7 anos de idade, o que, de certa forma, me apresentou às artes e me levou aos palcos desde criança. As artes cênicas, a vontade de fazer teatro, televisão, cinema era algo que eu sempre mencionava para os meus pais, mas eles achavam que poderia ser um sonho de criança. Depois que decidi me profissionalizar como atriz, eles ficaram um pouco preocupados porque sabiam que não era uma profissão fácil. Acredito que tinham receio, um zelo de pais, que eu pudesse me frustrar caso a profissão não vingasse. Aos poucos eles foram entendendo que era o que eu realmente queria. Depois que os trabalhos começaram a surgir eles foram me apoiando cada vez mais.
Tem algum perfil de personagem que você gostaria de interpretar futuramente?
— Nenhum perfil específico, mas gostaria sempre de interpretar personagens que me desafiem, que me tirem da zona de conforto, me façam aprender coisas novas e estar em lugares diferentes dos habituais.